O Grande Hotel de Luso e a Mata do
Bussaco são o palco IV Congresso Internacional – Floresta e Potencial para a
Saúde, que teve início hoje e se prolonga até dia 9 de abril, com mais de 40
oradores que irão partilhar conhecimentos sobre diversas abordagens relativas
às florestas e à natureza na saúde e no bem-estar.
“Para mim, falar de floresta é,
sobretudo, falar de um dos maiores ícones do concelho: a Mata do Bussaco. A
riqueza, a biodiversidade e a singularidade deste património natural exigem de
nós um olhar atento para as necessidades, mas sobretudo para as oportunidades
deste recurso que já é produto turístico”, afirmou António Jorge Franco,
presidente da Câmara da Mealhada, na sessão de abertura do congresso.
Associar o turismo de natureza e de
ativo, a saúde e o bem-estar ao posicionamento estratégico do Bussaco é um
desafio que queremos abraçar”, complementou o autarca.
De resto, a tónica dos oradores
convidados para a sessão de abertura foi neste sentido. Paulo Fernandes, da
Destinature, entidade organizadora do congresso, referiu que é essencial “definir
como as áreas classificadas e protegidas se vão posicionar perante as
tendências atuais do turismo e olhar para elas de uma forma muito mais
integrada na relação com outros setores”.
Gerhrard Tucek, fundador do
International Society of Forest Therapy, referiu ser importante colocar cientistas
de diferentes nacionalidades a partilhar de experiências no sentido de encontrar
terminologia comum para toda a esta área de práticas de Terapia de Floresta e de
Banhos de Floresta, que de resto fazem parte do programa do congresso e serão
realizados na Mata do Bussaco.
Pedro Machado, do Turismo Centro
Portugal, sublinhou que a floresta é transversal aos desafios que o setor do
Turismo do nosso país enfrenta – de crescimento, de confiança e de
reposicionamento – , sublinhando que a procura por espaços verdes, por
floresta, por parques tem vindo a aumentar.
Jorge Brandão, do Centro 2020, e Isabel
Ferreira, secretária de Estado do Desenvolvimento Regional, sublinharam a
necessidade de aproveitamento de fundos comunitários para programas de produtos
de valorização de produtos endógenos e inovadores, capazes de promover o
desenvolvimento de uma economia sustentável.
Até domingo serão partilhados exemplos
de turismo de floresta e de saúde e bem-estar de Itália, da Áustria, da
Lituânia, da Alemanha ou até do Butão. Serão discutidos modelos de negócio em
torno desta temática, a certificação das florestas e termina com os banhos de
imersão na natureza na Mata do Bussaco.